sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Portfólio: Texto Argumentativo III

"Alberto Caeiro (...) surge como homen de visão ingénua institiva, gostosamente entrege à infinita variedade das sensações" - Jacinto Prado Coelho

Alberto Caeiro centra toda a sua atenção na natureza utiliza as sensações como principal meio de observação, regeitando, deste modo, a consciência, pois esta impediria a deambulaçao e o sossego.
A postura do eu poético, ao longo de todos os seus poemas é de serenidade, observação e ingenuidade, e isso reflecte-se também a nivel da composiçao e estruturação dos poemas. Utiliza uma linguagem oralizante e prosaica, métrica irregular e versos soltos, o que reflecte a ausência de instrução e o desejo que este tem em sentir-se livre.
É um poeta que não utiliza adjectios, pois estes iriam distorcer a realidade e impedir que se observasse a realiadade objectiva das coisas. Verifica-se também que existe a ausência de ambições, pois iriam dificultar a total comunhão com a natureza. Não acredita no transcendente, nem naquilo que ultrapassa a realidade e está para além do poder dos sentidos, e isso verifica-se principalmente no poema "Há metafísica bastante em não pensar em nada".
Em suma, podemos observar que a feicidade do sujeito poético só é completa se existir um afastamento dele em relação as pessoas, e também se não utilizar a consciência, pois esta impossibilita a comunhão com a natureza e a total felicidade do poeta.

Elaborado por: Bruno Cabral

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