quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mensagem - Criação

O título original do livro era Portugal. Influenciado por um amigo, Pessoa considera "Mensagem" um título mais apropriado, pelo nome "Portugal" se encontrar "prostituído" no mais comum dos produtos. Pessoa constrói a palavra "mensagem" a partir da expressão latina: Mens agitat molem, isto é, "A mente move a matéria", frase da história de Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica a Enéias o sistema do Universo. Pessoa não utiliza o sentido original da frase, que denotava a existência de um princípio universal de onde emanavam todos os seres.

Segundo uma carta datada de 13 de Janeiro de 1935 a Adolfo Casais Monteiro, Mensagem foi o primeiro livro que o poeta conseguiu completar. Pessoa mesmo explica que esse facto demonstra o porquê de não ter publicado outro livro como a prosa de um de seus heterónimos ou a poesia em seu próprio nome.

Numa carta de 1932 de Pessoa a João Gaspar Simões , seu primeiro biógrafo, vemos que a intenção do poeta era publicar primeiramente a Mensagem para somente mais tarde divulgar outras obras como o Livro do Desassossego, do semi-heterónimo Bernardo Soares, e a poesia dos heterónimos.

Foi publicado primeiramente em Dezembro de 1934, com edição da Parceria António Maria Pereira, em Lisboa. A segunda edição, de 1941, possui correcções feitas por Pessoa à primeira edição e foi editada pela Agência Geral das Colónias.

Um mês após a sua primeira publicação, ganhou o prémio na segunda categoria do Secratariado de Propaganda Nacional (SPN) que o premiou com o mesmo valor em dinheiro do primeiro.

Informação retirada aqui

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Portfólio - Registo de Audio

O Infante
Dulce Pontes
Composição: Fernando Pessoa / Dulce Pontes
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce
Deus quis que a Terra fosse toda uma
Que o mar unisse, já não separasse
Sagrou-te e foste desvendando a espuma

E a orla branca foi
De ilha em continente
Clareou correndo até ao fim do mundo
E viu-se a terra inteira, de repente
Surgir redonda do azul profundo

Quem te sagrou, criou-te português
Do mar e nós em ti nos deu sinal
Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal

E a orla branca foi
De ilha em continente
Clareou correndo até ao fim do mundo
E viu-se a terra inteira, de repente
Surgir redonda do azul profundo



Interpretação do grupo: A música acima apresentada dá a conhecer a concepçao messiânica da história, na qual o homen e visto como o "instrumento" utilizado por Deus para que a obra se realize. Revela também a necessidade que existe em construir um império ( Quinto Império ) no qualse verifique sentimentos de luta, para que, deste modo, se volte a arriscar e partir para a acção.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Portfólio - Imagens

Mar Português
Brasão






Quinto Império